quinta-feira, 20 de setembro de 2012

DA CONSCIÊNCIA À CONSCIÊNCIA-DE-SI

Resumo: A Fenomenologia do Espírito traça o percurso da consciência ao Saber Absoluto. Nesta obra, Hegel investiga as manifestações do espírito e as suas realizações na história. Saindo do estado de ignorância, o indivíduo alcança o saber que, em última análise, é a compreensão científica do espírito. No prefácio da obra, Hegel diz que “o saber só é efetivo – e só pode ser exposto – como ciência ou como sistema” (Fenomenologia do Espírito, p. 38). Assim, a Fenomenologia demonstra que a verdade é mediação, é resultado de todo o trabalho da história universal. Segundo Inwood, o capítulo da consciência não está localizada numa época histórica específica. Já a consciência-de-si vai desde a pré-história (a luta por reconhecimento) até a Grécia e Roma (estoicismo e ceticismo) e o cristianismo medieval (consciência infeliz) (Cf. Dicionário Hegel, p. 143). O escopo do presente artigo consiste em analisar as duas primeiras etapas desta obra, denominadas consciência e consciência-de-si e as suas respectivas figuras. Mostrarei como Hegel realiza a purificação da consciência fenomênica até chegar à consciência-de-si, esclarecendo que o objeto não está em cisão com a consciência, mas que é o si da consciência, isto é, da consciência-de-si. Outro ponto relevante é saber que as figuras (certeza sensível, percepção...) se substituem através do movimento da dialética, superando, assim, a desigualdade do eu com o objeto.

Texto completo disponível no livro Identidade e diferença (Educs, 2010) e no endereço https://docs.google.com/file/d/0BxxUqGBCRz6lVzY5Uzh1cThRLTQ/edit

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