Resumo: A Fenomenologia do
Espírito traça o percurso da consciência ao Saber Absoluto. Nesta obra,
Hegel investiga as manifestações do espírito e as suas realizações na história.
Saindo do estado de ignorância, o indivíduo alcança o saber que, em última
análise, é a compreensão científica do espírito. No prefácio da obra, Hegel diz
que “o saber só é efetivo – e só pode ser exposto – como ciência ou como
sistema” (Fenomenologia do Espírito,
p. 38). Assim, a Fenomenologia demonstra que a verdade é mediação, é
resultado de todo o trabalho da história universal. Segundo Inwood, o capítulo
da consciência não está localizada numa época histórica específica. Já a
consciência-de-si vai desde a pré-história (a luta por reconhecimento) até a
Grécia e Roma (estoicismo e ceticismo) e o cristianismo medieval (consciência
infeliz) (Cf. Dicionário Hegel, p.
143). O escopo do presente artigo consiste em analisar as duas primeiras etapas
desta obra, denominadas consciência e consciência-de-si e as suas respectivas
figuras. Mostrarei como Hegel realiza a purificação da consciência fenomênica
até chegar à consciência-de-si, esclarecendo que o objeto não está em cisão com
a consciência, mas que é o si da consciência, isto é, da consciência-de-si.
Outro ponto relevante é saber que as figuras (certeza sensível, percepção...)
se substituem através do movimento da dialética, superando, assim, a
desigualdade do eu com o objeto.
Texto completo disponível no livro Identidade e diferença (Educs, 2010) e
no endereço https://docs.google.com/file/d/0BxxUqGBCRz6lVzY5Uzh1cThRLTQ/edit
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